Aprendi a amar e a respeitar os humanos, e não é de agora que o faço. Quando pequeno já me importava mesmo com os sofrimentos alheios. Hoje preciso manter a vida como todo o mortal, tenho contas a pagar, preciso me vestir (confesso detestar vestimentas), preciso me alimentar, e o corpo sente desejos de laser e de prazer.
Não consigo, porém, agir como me pedem, não consigo ver em meu próximo uma capital ambulante, preciso vender e compreendo, mas não consigo enganar alguém e sentir-me bem. Minha satisfação maior são os agradecimentos e ver que consegui sanar o problema da pessoa ou no caso do cliente.
Apesar da queda, ainda há em mim frações do cosmo, aquilo que sei não ser certo, compreendo que para os humanos a questão de sobrevivência seja mesmo algo prioritário, mas desse senso humano ainda não consegui tomar, talvez por minhas certezas eu seja incapaz de provar do: “Antes que chore a minha mãe, chore a sua.”
Essa fração do cosmo talvez desapareça ao decorrer de minha experiência humana, quem sabe num momento realmente crucial eu tenha a atitude que qualquer humano teria, mas enquanto isso não ocorre deixe-me gozar da fração que me resta do cosmo.
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