quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Preço no Apreço

Aos humanos é mais fácil apontar o dedo do que admitir o próprio defeito. Eles condenam atitudes que certamente fariam, basta que seu apreço seja ameaçado e então, atinge-se o preço daquele que outrora se dizia moral.

Durante essa minha experiência humana, já ouvi muitas vezes uma frase que se mostra puramente real: _ “Quer conhecer alguém? Dê poder para esse e então vais ver quem esse realmente é.” Durante algum tempo custei a aceitar que os humanos fossem mesmo assim.

Uma única vaga para um emprego dos sonhos onde ganharia também o salário dos sonhos, os benefícios mais cobiçados, e então dois finalistas de uma vasta seleção. Os dois finalistas são grandes amigos desempregados e com bocas a alimentar. O que pensa? Acredita mesmo que um desejará que o outro seja quem fique com a vaga? Certamente não. A disputa entre os dois seria acirrada mesmo que não declarada, os dois seriam extremamente competitivos, desejando para si e apenas para si - E isso é ser indecente?

Não aos meus olhos, afinal, cada qual Possi seu apreço, seja o apreço por sua família que precisa muito desse sustento, seja o apreço de um sonho maior que quer realizar com aquele emprego tão esperado.

Os humanos condenam atitudes competitivas, mas se esquecem que certamente todos eles são competitivos, os humanos se julgam incorruptíveis, mas todos possuem seu preço que está no apreço. O fato é que nem um humano é capaz de prever a própria atitude de ante de situação “x” ou “y”, apenas no momento em que estão sentindo na pele é que podem dizer.

O poder não corrompe, apenas revela aquilo que está escondido, seja no portador do poder, seja naqueles que se diziam amigos do poderoso, pois há vezes em que não é o homem que conquistou o poder que revela defeitos, mas sim aquele que não conquistou o poder, mas que desejava tê-lo.

Os humanos amam e porque amam são corruptíveis.

Um comentário:

  1. lúcifer e uma invenção do povo para culpar alguém pois o homem se sente bem colocando a culpa numa coisa que nunca assistiu

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