Perguntaram-me se eu doaria meu coração para salvar um grande amor, a resposta foi rápida: _ “Não” Por quê? Simples:
Quantos anos você tem hoje? Quantas vezes você chorou por amar alguém? E se você tivesse doado o seu coração ao primeiro ser a quem declarou amor?
Todos já passaram por um sentimento avassalador e o chamam normalmente de amor, já amaram muitas vezes e sempre pensam ser o maior amor, mas não é. É apenas o mais atual e quando recorrem ao amor do passado é porque já não acreditam no de agora.
É possível amar dezenas ou até centenas de pessoas numa única vida, e sempre haverá espaço para se amar de novo, é claro há sempre a intensidade do sentimento criado, e por varias razões: Tempo de aproximação, como ocorreu, entre outras infinidades de razões que podem contribuir para a intensidade desses sentimentos.
Os amantes respondem a essa pergunta de forma positiva, admiro, pois mostra um amor não egoísta, porém questiono a eles: Quantos corações vocês amantes doariam? Admiro esses humanos amantes pela coragem, mas eles se esquecem de sua mortalidade, compreendem que o amor é algo transcendental e eterno, mas esquecem que não há eterno para um mortal.
Deve-se sim viver intensamente cada instante da vida (que é muito curta se comparada ao cosmo), mas não dê e nem aceite promessas do eterno quando vindas de um mortal.
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