quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lágrimas Primeiras

Hoje, algumas lágrimas foram inevitáveis – Sempre reduzi a raça humana a um bando de medíocres que mereciam ser extintos, pois sempre achei que os humanos fossem o câncer da terra. Sempre os olhei de cima, com olhos de superioridade, porém, lamentando por fazer parte dessa raça tão inferior.

Nunca quis fazer parte disso, e desde muito novo, me excluía dos outros, questionando-me sempre: _ “O que faço aqui com esse bando de animais que se dizem racionais?” ou então: _ “E a vida inteligente que disseram que teria aqui?”.

Passados vinte e três anos num corpo de carne, osso, sangue, dor e sentimentos, parece que finalmente estou chegando a algum lugar e as lágrimas de hoje, foram as grandes responsáveis por isso. Faz muito tempo que me importo com o sofrimento do próximo, mas só de uns meses para cá é que isso tem tomado força significativa em minha vida.

Hoje, tenho orgulho da minha queda, e tenho orgulho em dizer que sou humano, e daria qualquer coisa para defender a raça humana. Desafio qualquer divindade a vir com seus “avatares” e não curvar-se um só momento a uma fraqueza humana, seja o amor, ódio, desejos e até a desistência.

Desafio tal divindade a esquecer sua origem cósmica e assumir por completo o que é ser humano, com direito a duvidas sobre tudo, com direito a cada senso que compõe os humanos. Tenho mais do que certeza que a divindade em questão curvar-se-á a ao menos um dos milhares de “defeitos” humanos e sentirá orgulho.

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