segunda-feira, 3 de agosto de 2015

"O Louco" - (Renato Silvueno)


Depois da experiência que tive, conheço bem a face da loucura, e posso afirmar com precisão meu grande pavor a respeito dela.

É como ser outra pessoa, sem conseguir controlar impulsos primitivos, sem controle nenhum sobre palavras ou ações, magoando pessoas amadas ou simplesmente envergonhado sua autoimagem lapidada com grande labor.

Se eu fosse me desculpar com cada pessoa pessoalmente seria um trabalho longo tanto quando vergonhoso, por essa razão, prefiro que leiam o texto.

Ofendi quem não devia, magoei quem não podia e envergonhei a mim mesmo, o peso é incalculável.

Sempre disse que sou indiferente a morte, e realmente sou, já a loucura, sempre me assombrou mais e, ela mostrou-me sua face:

"Arrogante em demasia, mentirosa compulsiva, destruidora do auto-controle e da auto-consciência. Perdoem-me aqueles que encontraram essa face, mas estou de volta e assim preciso e pretendo seguir."

Sempre fui contra as drogas psiquiátricas, mas hoje me rendo a elas, para poder manter longe tudo aquilo que odiei ser, espero que tenha sido um caso isolado (e assim deve ser).

Posso afirmar hoje que entre a morte e a insanidade, eu escolho sem medos morrer.

Por: Renato Silvueno