A censura através do medo é com toda a certeza a melhor das celas para a raça humana, é extremamente eficaz, mais do que uma ratoeira aos ratos. O medo é constantemente usado para fazer com que os mais fracos realizem os desejos dos mais fortes, porém deixar isso muito as claras não é o real interesse daquele que faz uso de tal artifício.
Nasce então, um sistema “perfeito”, que camufla o medo atrás de uma fina cortina de possíveis recompensas.
E então, alguns homens começam a “ouvir” as vozes de seres supremos que ditam através dos mortais as suas vontades, que uma vez desrespeitadas trariam aos humanos graves consequencias, a partir de então, os homens que se “comunicavam” com os chamados, deuses, tornaram-se indispensáveis e respeitados como uma autoridade.
Os deuses foram então, reduzidos a um único deus que demonstra múltiplas personalidades, deixando claro que sua real origem nas dezenas de deuses ainda está vibrante, com esse único ser supremo surge ideias mais complexas e assustadoras de punição, e como o ser humano é incapaz de criar algo sem um oposto nasce também a sombra desse único deus, nasce então, o algoz que pune os pecadores.
Os pecadores são todos aqueles que não seguem o desejo de seu deus, desejo esse, que modifica em cada cultura de acordo com os padrões instalados naquela sociedade através de superstições e mitos arrastados ao longo dos tempos. Fica claro então que o desejo do tal deus é na verdade reflexo do desejo de seus criadores.
Uma vez prisioneiros da superstição, os humanos em sua maioria, são incapazes de contestar e quando o fazem arrependem-se pouco depois, pois temem a ira divina e o castigo que pode vir com isso, mesmo que no fundo todos um dia já tenham contestado poucos levam isso adiante e permanecem prisioneiros pelo medo de ideias atávicas.
Não há humano que creia no inferno e deseje ir para ele e para não ir para o inferno, o crente fará qualquer coisa que “deus” lhe peça.
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