segunda-feira, 17 de maio de 2010

Da Janela

A vida lá fora parece tão prospera, mas ninguém tem coragem de viver, os puderes e o medo do pecado torna a vida um bem tão raro de se observar. E as faces nas janelas só lamentam a vida mal vivida como se vivessem muito bem.

Dentro de suas casas, “protegidos” por uma densa parede o único sinal de vida que se nota é metálico e frio com centenas de canais sem nada para oferecer, além de um pavor irracional de se estar aqui.

E então, a busca por vida lá fora começa a fazer sentido, afinal, aqui parece não haver. Tudo é errado, tudo é tão perigoso e a proteção é apenas uma ilusão para o conforto mental, uma vez que dentro ou fora dos pecados ninguém deixa de morrer.

Os humanos possuem o habito de medir a vida em dias, semanas, meses e anos, porém mesmo aqueles que possuem uma “vida longa” nesses padrões nem sempre viveu realmente, mas passou a vida toda olhando da janela, julgando o que era ou não era moral e condenando mentalmente os ditos pecados.

O padrão de moralidade varia em cada cultura e o que para alguns é pecado para outros é contado com alguma divindade.

Apenas viva.

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