segunda-feira, 22 de março de 2010

Como-Somos

Olhando-me no espelho percebi o quão humano estou e o quão diferente eu sou, mesmo assim, algo que ouvi fez-me pensar, que mesmo minha diferença que tanto preso não é apenas minha.

"_Você é a cara do seu pai, mas essas ideias se parecem com as do seu tio."

É impossível ser igual, uma vez que você é um "Frankenstein". Sim pedaços e mais pedaços montados para formar uma única criatura, que vez e outra se rebela contra seu criador, eis que vem a massa e cala o monstro o tornado apenas mais um silenciado.

23 pares de cromossomos definem você. Sua forma física incontestavelmente é influência dessa mistura de genes, metade do pai metade da mãe, mas cabe lembrar que eles já são metades de metades. Isso explica inclusive o fato de algumas características passarem para a terceira geração pulando duas gerações.

É possível também percebermos a destruição total da teoria da “tabula rasa” do filosofo inglês John Locke, que defende a idéia do homem nascer como uma “folha em branco”, sem expressões e ideias, quando observamos os comportamentos infantis tão distintos uns dos outros o que alimenta ainda mais as evidências científicas da influência genética no comportamento humano.

Suas expressões são heranças genéticas inegáveis, sua forma de se vestir, de falar, de escrever, de pensar, até mesmo aquilo que te destaca no meio de todos é apenas uma informação que aflorou em você de um dos genes que vinha passeando de geração em geração, quando não, são influências externas: Ídolos, deuses, amigos, e outras infinidades de fatores.

É impossível ser igual, aceite as diferenças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário