Eles não se importam desde que possam viver mais um dia, compreendem a dor e sofrimento conseqüente de suas escolhas e mesmo assim seguem em frente, entregam-se ao amor mesmo sabendo que a morte os rodeia, pensam no futuro, mesmo envoltos por incertezas. Então, isso é que é ser humano?
Aceitei o desafio de viver como eles, mas não compartilho de muito do seu comportamento. Eles falam de um amor transcendental, mas tudo o que vejo são ações e reações do organismo evolutivo em prol da procriação com a finalidade de manter viva a espécie.
O pouco de humanidade que me resta é direcionado em dois campos; Família e amigos. E mesmo assim não é como a maior parte dos humanos compreende.
Compreendo as minhas necessidades e sei quais são os efeitos de suas faltas e conhecer seus efeitos já me torna incapaz de senti-los. Para a maior parte dos humanos com quem tentei ou tento um relacionamento a dois, eu sou frio e demasiadamente racional e isso já basta para nos entendermos apenas no meu ato primitivo favorito – SEXO.
Sei que sou incapaz de sentir o que eles sentem e de sentir como eles sentem, mas há um lado bom que observo em tudo isso, de certa forma ainda sinto, pois lamentar a falta de sentimentos é sinal de ainda tê-los.
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