A instabilidade e a finitude são as únicas certezas a serem levadas em consideração na experiência humana, ignorar ou negar esses fatos é enganar-se e ninguém além de si mesmo, sentirá o pesar dessas projeções fantasiosas a fim de camuflar o que é visto.
Contudo, são raros aqueles que compreendem a essência da verdade, a maior parte das pessoas prefere passar a vida se lamentado ou remoendo-se com memórias dos dias “ruins” – dito entre aspas, pois em minha compreensão não há dias ruins e sim dias de não compreensão, onde as projeções não encobrem suficientemente a verdade e nasce assim um “sofrimento”.
E as lamentações ecoam por todos os cantos, em sussurros de amigos, em gritos dementes, num silencio absoluto ou em notas harmônicas.
Os humanos sofrem, porém sentem a alegria e tantas outras boas emoções e sensações que simplesmente se perdem na confusão de seus sentidos, eles se atém mais aquilo que lhes dói ao que lhes dá algum prazer e a razão é simples:
Orgulho, a “tatuagem” intrínseca na alma desses primatas, onde qualquer contrariedade lhes dói profundamente e sua dor é sempre a maior, nada pode ser relevado ou enxergado por outro ângulo, nada possuí dois pólos, tudo deve ser como esperam e quando esperam.
Eles ainda comparam ações com frutos, acreditando de forma cega na previsibilidade do retorno num mundo instável em todos os âmbitos e quando esse – o retorno – não é o esperado eles sentem-se injustiçados por um mundo que deixa clara a sua instabilidade, surgem o desespero, a aflição e a dor do ego.
Os humanos ainda possuem pensamentos escuros acerca do mundo e de si mesmo, o mundo é aquilo que é e não o que se deseja que ele seja, mas uma visão mais iluminada transformará significativamente as experiências do cotidiano.
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