A subjetividade da
psicologia ainda me parece proeminente, e me é um tanto incômoda. Vejo essa
subjetividade, por exemplo, na sua definição de loucura:
“Loucura, condição que
remete a comportamentos anormais perante a sociedade, a doença mental, ou
somente um sintoma de uma.”
O reflexo dessa definição
pode ser observado a distancia, de forma que, toda a diferença lhes parece
loucura; e diferença, é rejeitar o que todos parecem querer.
Qualquer um que negue um
pensamento ou comportamento comum, não pode ser normal. Insano é também, falar
o que se pensa quando todos pensam o oposto ou dizem pensar o oposto.
Eles acusam de loucos aqueles
que possuem coragem de rejeitar as migalhas oferecidas pelo “bom convívio
social”, eles acusam de loucos aqueles que expõem suas verdadeiras faces,
aqueles que não negam seus instintos primários diante de outrem, eles acusam de
loucos aqueles que dizem o que lhes parece verdade, aqueles que revelam o que
realmente pensam, pois para eles, sanidade é fingir.
Vejo na loucura, a face da
verdade, os loucos são aqueles que possuem coragem de realizar os desejos
secretos dos sãos, desejos que eles não podem negar, os loucos são autênticos,
por não se importarem com recriminações, logo, são incômodos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário