“Quanto maior o numero de
pessoas que te observam, maior o peso de suas ações e palavras.”
Estou cada vez mais
disposto a um compromisso sério e eterno com a solidão, estou a ponto de
manter-me afastado de meus pouquíssimos amigos, estou ao ponto de romper com
todos os poucos vínculos que criei, quero apenas a companhia da minha sombra e
nada mais.
Quero libertar-me do peso
de medir as palavras para não ferir ninguém, quero livrar-me do peso de um
falso sorriso para que as pessoas acreditem num bem-estar que nunca existiu,
quero livrar-me das poucas pessoas que me obrigam a fingir, não por não me
suportarem como sou, mas porque de algum modo passei a me importar com elas.
Não é a solidão que me causa mal, mas conviver em sociedade, afinal, em sociedade é preciso ouvir e
compreender pontos de vista que me parecem primitivos e inúteis, respeitar
opiniões estúpidas, obedecer alguém de intelecto muito inferior ao meu,
compreender e respeitar regras criadas por um grupo que acredita em contos que
ofendem a mais infantil das mentes.
Em sociedade a maioria é
escutada e a meu ver a maioria está miseravelmente enganada, em sociedade é
preciso calar o orgulho para um bom convívio, em sociedade é preciso dar
satisfações, usar máscaras sociais ou tomar drogas e mais drogas para tentar
adaptar-se a toda essa estupidez sem taxações.
A solidão não lhe cobra
boas roupas, bom emprego ou salário, bons modos à mesa, um bom vocabulário ou
qualquer outra coisa. Sozinho não há nada nem ninguém com quem se preocupar,
sozinho sou único a quem posso ferir.
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