Por que eu deveria moldá-los? Sua doença contagiosa
e corrosiva parece ser o que os torna felizes. Que cruel eu seria se mostrasse
a esses tolos a dor e o sofrimento, quando o éden lhes é ofertado ao som da
ignorância.
Eles estão felizes, os sorrisos, embora burros, são
sinceros, eu posso abominar os meios que lhes levam ao sorriso, contudo devo
aceitar que sua felicidade é real.
Sou o único infeliz, absorvendo em vão um
sofrimento que suponho corroê-los, pois sei (ou creio saber) que não há muito
mais que a vida fútil e tola que eles amam.
Talvez, o melhor a fazer seja desistir, desistir de
mostrar-lhes um mundo sem graça e sem cor, afinal que benefícios isso lhes
traria, se para mim só trouxe o isolamento (insuportável para a maior parte
deles) e um tumor mental incurável?
Eles estão satisfeitos. Não há mais nada que eles
queiram passar ao futuro senão a ideia hedonista que os acometeu, eles não
buscam mais por conhecimento e tampouco transmitir conhecimento para que o por
vir possa ser melhor.
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