Humano, não me recordo se
um dia eu o fui, contudo, parece que há ainda algo em mim que sente necessidade
de tocar e sentir como eles, porém, que não possui a menor ideia de como
fazê-lo, até gestos simples me são demasiadamente complexos, mas novos eventos
me fizeram continuar a tentar.
Tento abraçá-los,
“amá-los” (ainda que eu não compreenda tal conceito de outra forma, que não
neuroquímica), tento acreditar que há ainda algo de bom entre eles, mas que talvez eles tenham esquecido.
Sei o que é o ser humano,
compreendo em teoria suas adversidades, suas fases e faces, compreendo a
dificuldade que possuem para ter uma conduta não egoísta, uma vez que são
guiados por impulsos tão primitivos e emoções tão instáveis.
Os humanos sempre me
despertaram profunda curiosidade, mas também repulsa e receio; receio de sê-lo,
receio de cometer os mesmos erros vis, receio de sentir e ser tocado.
Abrir-me sempre foi
complicado, mas estou disposto a aprender, afinal é preciso ser humano para
compreendê-los de dentro para fora, e embora eu sempre tenha repudiado tal
ideia, agora ela se faz mais presente e mais necessária.
Também estou nesse processo. Não tenhamos medo de sentir e sermos tocados, pois é assim que viveremos e experimentaremos a maravilha de ser o que somos.
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