quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pareidolia

O que há de errado no caos ou de incompreensível no acaso? Não consigo enxergar inconsistências nem em um e nem no outro.

Em minha percepção ambos são perfeitos como são, não exigindo de minha parte esforço algum para sua compreensão, mas extremo para explicá-lo, contudo é um dos maiores tormentos para a mente dos humanos.

Aleatoriamente eventos se encaixam, traduzindo-se em formar simétricas ou apenas agradáveis ao olhar, em ambientes abrigáveis, em circunstâncias inesperadas, mas ainda são eventos aleatórios e casuais.

A mente desses “avançados” mamíferos parece não estar apta a compreender tais eventos. Tudo lhe deve ser dotado d’algum significado maior, com um propósito muito além do que realmente se percebe a priori.

Eles formam animais em nuvens, deuses no nada, diálogos em ruídos, mensagens em jogatinas do acaso e santos em manchas de janelas ou torradas.

Eles são apenas primatas, olhando para os céus, buscando suas origens ou ao menos algo que lhe faça dormir bem, o acaso não lhes basta eles precisam dar significado para absolutamente tudo, pois ser o que é não lhes é o bastante.

Eles apenas enxergam o que querem ver.

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