O que há de errado no caos ou de incompreensível no
acaso? Não consigo enxergar inconsistências nem em um e nem no outro.
Em minha percepção ambos são perfeitos como são,
não exigindo de minha parte esforço algum para sua compreensão, mas extremo
para explicá-lo, contudo é um dos maiores tormentos para a mente dos humanos.
Aleatoriamente eventos se encaixam, traduzindo-se
em formar simétricas ou apenas agradáveis ao olhar, em ambientes abrigáveis, em
circunstâncias inesperadas, mas ainda são eventos aleatórios e casuais.
A mente desses “avançados” mamíferos parece não
estar apta a compreender tais eventos. Tudo lhe deve ser dotado d’algum
significado maior, com um propósito muito além do que realmente se percebe a
priori.
Eles formam animais em nuvens, deuses no nada,
diálogos em ruídos, mensagens em jogatinas do acaso e santos em manchas de
janelas ou torradas.
Eles são apenas primatas,
olhando para os céus, buscando suas origens ou ao menos algo que lhe faça
dormir bem, o acaso não lhes basta eles precisam dar significado para
absolutamente tudo, pois ser o que é não lhes é o bastante.
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