Seus pés descalços sangram, o peso que carrega nos braços o puxa a cada instante mais e mais para baixo, e a cada passo o peso aumenta dramaticamente. E nos braços, a mais maravilhosa recordação, o mais intenso desejo, o mais belo dos seus sonhos, o mais próximo de um amor e somados, resultam no fardo que lhe puxa para o mais intenso sofrimento.
Você precisa mesmo atravessar com esse peso?
Os pés já não sustentam o corpo, e os joelhos já fragilizados se dobram abruptamente, chocando-se violentamente contra o solo. As lágrimas são inevitáveis, você acaba de reconhecer, o peso que carrega é, além de tudo, o mais danoso de seus problemas.
São doces, belos e amados, mas estão sugando a força que é só tua, e que se faz necessária para que você obtenha algum progresso.
Ainda quer carregá-los nos braços?
A responsabilidade é mais nobre que a atitude covarde de não saber aniquilar o que lhe prejudica, por mais valioso que lhe pareça.
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