terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Homo Sapiens, Eis A Condição

Amor, uma palavra simples, mas carregada de muitos sentidos aos humanos, ora justifica um apreço incondicional, ora um ciúme doentio e às vezes, homicida.

Posso relatar numerosos casos de homens queimando e matando suas mulheres e/ou filhos que tiveram com as mesmas, pelo simples fato de não aceitarem o fim de um relacionamento.

É possível ver não só ai, a fragilidade contida na instituição do casamento, não importa os juramentos feitos ou o “poder” que o orador supõe ter, qualquer um pode narrar sem esforço mais de três casos de traição dentro dos laços “sagrados” do matrimonio.

Violência, promiscuidade, vícios entre outros atos primitivos não são exclusividade de uma “orientação” são apenas efeitos dessa condição primitiva, frágil e tola chamada homo sapiens. Dito isso, sei que fica clara aos mais atentos a ideia central dessa reflexão, mas vou deixar mais pronunciada a intenção.

Faz pouco tempo que ajudei a imprimir, recortar, dobrar, grampear e produzir uma revista, voltada obviamente aos seguidores da superstição cristã, o titulo: “Catecismo Contra O Homossexualismo, por que temos que defender a família”.

Li com atenção até onde me foi possível, afinal é doentio, agressivo, repulsivo e de profunda ignorância e nem podia ser diferente, afinal, são só humanos falando de outros humanos, mas fica claro que homem “santo” que tecera os textos não enxergara isso.

Os textos enaltecem o relacionamento heterossexual, alegando que somente nele é possível a felicidade e algum amor – já que para eles o amor só pode ser experimentado por anjos e pelo próprio Deus. Primatas!

Nas descrições que abrem essa reflexão deixo claro que, a fragilidade e a instabilidade existem também nos relacionamentos defendidos por eles, pois a fragilidade e a instabilidade fazem parte dessa condição primitiva.

A tolerância e o respeito podem existir em qualquer relacionamento, assim como seus inversos.

Nos textos, eles falam ainda de neurose, doença psíquica e sustentam uma ideia de “cura”, mas apenas para relembrar de algo que já escrevi há muito tempo aqui: “O índice de suicídio elevado entre os homossexuais – fato que eles também descrevem nos textos – deixa claro não tratar-se de uma condição mutável, do inverso eles - os amantes de seus iguais – optariam por viver, pois no final ninguém quer morrer.”

Sendo os humanos tão primitivos, não duvido que tal publicação – a revista supersticiosa – incite o ódio e justifique as ações odiosas contra uma minoria e nem seria a primeira vez na história que textos “sagrados” levam a imposição do “certo”, ao derramamento de sangue e a opressão de seus iguais na condição que lhes cabe do processo evolutivo.

O lado que me encontro é o lado da razão, da consciência e da compreensão.

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