Brasil, o país sul-americano campeão no consumo de maconha e cocaína é agora também, o país mundial da bíblia.
Não há paradoxo algum na frase que criei para iniciar esta reflexão, afinal, tanto as drogas como as religiões oferecem aos humanos um conforto similar e os humanos as procuram em situações parecidas.
O cotidiano do mundo “real” é desagradável e cru para a maior parte desses hominídeos desde o estresse do trabalho até o festival do sangue nos noticiários, outros sofrem ainda com o desemprego, contas a pagar, enfim, todos possuem a sua própria triste história, mas todos partilham de uma mesma ansiedade diante da certeza da morte.
Alguns em maior outros em menor grau, mas todos são afetados de alguma forma, e a saída é a desconexão com o mundo real.
Todos procuram um mecanismo de escape, uns mais outros menos nocivos, porém com o único propósito de experimentarem outra realidade diante da crueldade da vida e os campeões: Drogas e Religiões.
Um mundo alternativo é criado na mente, uma sensação de paz e alegria intensa, o mundo parece mais colorido, os sentidos e sentimentos são aguçados e finalmente está selada a conexão com outro mundo através da química da droga escolhida ou através da indução da religião de preferência.
Alucinações visuais e/ou auditivas são comuns e semelhantes nas narrativas entre aqueles que sofrem o efeito temporário das drogas e aqueles que gozam do beneficio “divino”.
Eles parecem distintos e distantes, mas legal ou ilegalmente eles caminham na mesma estrada, procurando formas para aliviarem seus pesares, e também o seu anseio ou pavor diante da certeza do esquecimento eterno que é a morte.
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