sexta-feira, 4 de março de 2011

Sinais

A evolução lhes foi generosa, concedeu-lhes uma capacidade sem igual de criatividade em todo o reino animal. Há uma liberdade abstrata na mente desses símios humanos, eles encontram imagens em nuvens e rabiscos, harmonia em sons a priori dissonantes e tiram deles uma bela sinfonia, harmonizam cores em obras de arte e criam soluções inusitadas para problemas complexos.

Criaturas fascinantemente criativas.

Como consequência é natural que se observe numerosos e tolos “milagres”, como aparições divinas em vidros manchados, torradas queimadas ou qualquer um no qual o “milagreiro” é um grande conhecido da neurociência: Dopamina.

Associado a numerosos efeitos na vida símia, desde torná-la suportável graças a seus efeitos de prazer e bem-estar até sua influencia na criatividade dos humanos.

Há muitas maneiras de estimular sua produção, pesquisas recentes apontam a musica como grande estimulante, cultos religiosos –isso explica a sensação da “presença de Deus” em orações individuais ou coletivas – um abraço amigo, um telefonema de alguém querido e muitas outras formas.

Existe também a ligação do excesso de sua secreção e a esquizofrenia, uma vez que seu excesso no hipocampo produz as alucinações tão características do “distúrbio”. Novas pesquisas também sugerem algo curioso:

Cérebros criativos e esquizofrênicos trabalham de forma semelhante com relação ao neurotransmissor, ambos secretam em excesso – por não haver uma filtragem por parte do tálamo – e com isso são capazes de encontrar padrões inusitados.

Os “Sinais” que os símios recebem no dia a dia, são resultantes de um cérebro inquieto que busca constantemente dar sentido ao mundo.

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