quarta-feira, 16 de março de 2011

Competição Proselitista

As estruturas colossais lhes preenchem o cérebro, dando a sensação de estarem de ante de uma força muito maior que a deles mesmos e a contemplação torna-se quase inevitável. E não poderia ser diferente ao observar a vastidão do mundo e do universo.

Eis o nascituro das superstições.

Do alto das escadarias de uma das diversas catedrais espalhadas pelo planeta, posso observá-los em oração. Num silencio profundamente escandaloso, explicito em cada traço de suas expressões faciais é possível traduzi-las em; suplicas; lamentos; desespero; gratidões entre outros milhares de manifestos pessoais.

Logo à frente posso ver outro grupo de supersticiosos abraçados as suas escrituras sagradas. Esses bradam, clamando a atenção do publico que transita sempre atrasado.

Existe uma eterna luta para eleger quem ostenta a verdade e eles – os hominídeos de sucesso – estão condicionados a aceitarem que a verdade se manifesta entre a maioria, talvez seja essa a razão por trás dessa competição proselitista.

Todos querem arrebanhar almas para algum ser sobrenatural salvá-las, uns batem de casa em casa nunca admitindo a verdadeira intenção, outros gritam em alto-falantes no meio de praças publicas, outros pedem para os fieis levarem a família e amigos...

Eles se diferem em suas crenças e em seu comportamento, mas ignoram que todos possuem um sistema de crenças e que isso bastaria para encaixá-los num grupo único, o de supersticiosos.

“Não importa o numero de seguidores de sua crença, pois para algum outro grupo ou para um único ser, assim como para você quanto à fé de outros, sua fé será mera superstição.”

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