As estruturas colossais lhes preenchem o cérebro, dando a sensação de estarem de ante de uma força muito maior que a deles mesmos e a contemplação torna-se quase inevitável. E não poderia ser diferente ao observar a vastidão do mundo e do universo.
Eis o nascituro das superstições.
Do alto das escadarias de uma das diversas catedrais espalhadas pelo planeta, posso observá-los em oração. Num silencio profundamente escandaloso, explicito em cada traço de suas expressões faciais é possível traduzi-las em; suplicas; lamentos; desespero; gratidões entre outros milhares de manifestos pessoais.
Logo à frente posso ver outro grupo de supersticiosos abraçados as suas escrituras sagradas. Esses bradam, clamando a atenção do publico que transita sempre atrasado.
Existe uma eterna luta para eleger quem ostenta a verdade e eles – os hominídeos de sucesso – estão condicionados a aceitarem que a verdade se manifesta entre a maioria, talvez seja essa a razão por trás dessa competição proselitista.
Todos querem arrebanhar almas para algum ser sobrenatural salvá-las, uns batem de casa em casa nunca admitindo a verdadeira intenção, outros gritam em alto-falantes no meio de praças publicas, outros pedem para os fieis levarem a família e amigos...
Eles se diferem em suas crenças e em seu comportamento, mas ignoram que todos possuem um sistema de crenças e que isso bastaria para encaixá-los num grupo único, o de supersticiosos.
“Não importa o numero de seguidores de sua crença, pois para algum outro grupo ou para um único ser, assim como para você quanto à fé de outros, sua fé será mera superstição.”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário