“O que faço aqui?”, “Por que não dei uma desculpa qualquer para não vir?”, “Festas e eu somos antônimos.” – Essas frases não saiam da minha mente enquanto eu subia as escadas que me levariam ao salão de festas.
A cada passo, os ritmos cardíacos desse corpo pareciam subir drasticamente, as mãos suavam, e o olhar (embora eu não pudesse ver) certamente era um olhar assustado.
Rostos “estranhos” e então, alguém familiar (o motivo para eu ter rompido com minha misantropia) surge e me leva a uma mesa onde outro rosto conhecido estava. Os cumprimentos dão inicio a um breve diálogo, e outras pessoas me são apresentadas.
Consumo alguma dose de álcool (qualquer dose é dose uma vez que não estou habituado ao consumo do mesmo) e pareço me “soltar” mais, contudo, ainda perturbado.
Eu me limitei aos conhecidos, arrisquei-me muito brevemente por razões que desconheço, mas ainda dava passos temerosos por entre eles.
A dona da festa, embora fosse significativamente mais jovem que eu, dava passos (ainda que limitados) mais largos e desbravadores que os meus em meio aquela multidão, talvez por não conhecer a natureza cruel dessa espécie, ou talvez, por saber melhor do que eu o que eles possuem de bom.
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