A consciência estava ligeiramente alterada, mas a percepção ainda era a mesma, entre um gole e outro com meu seleto grupo de amigos, eu observava o comportamento “exótico” desses animais.
Seus olhares fixos um para o outro quando em casal, sua risada “frouxa” quando em grupo e desatentos ao mundo quando sós.
O que os diferencia?
Qual a fórmula que os torna individualmente únicos?
É sabido que em condições extremas eles são totalmente previsíveis, afinal, seguem o impulso instintivo do sistema primitivo do cérebro. E a cada dia um passo novo nas sinapses do cérebro revela o quão exata é a máquina humana. Contudo, há algo de único em cada um deles, um algo que se diz imortal, um algo que chama a si mesmo de “Eu”.
Esse “eu” avalia a própria história, direciona ao outro e averigua a melhor alternativa para a circunstancia, frequentemente confrontando com o impulso primário e vencendo-o em grande parte dos casos, mas sucumbindo prazerosamente em outros.
Se pudesse separá-los desse “eu” o que restaria, uma vez que esse “eu” atribuído a consciência é comprovadamente parte insignificante da vida psíquica?
Após esse breve “passeio” sobre o que pode ser essa espécie retornei (em nível psíquico) à mesa e ao meu grupo, com minha consciência intacta e livre nesse admirável e aglomerado mundo cinzento de massa encefálica.
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