Já quase não enxergo mais as sutis e nem mesmo as pronunciadas singularidades entre os indivíduos da espécie humana. O meu respeito por cada um é o mesmo, um respeito para com a vida da forma mais pura e sólida, seja a vida bem vivida ou não – E mesmo eu, não posso fazer a distinção entre uma forma ou outra de vida.
É irreversível.
Minha tolerância para com seus equívocos, para os mesmos é pura frieza. Contudo, não consigo me deixar sentir qualquer emoção, proveniente dessas ações tão impulsivas, afinal, sei que cada gesto, cada diálogo em cada grupo é resultado de impulsos bioquímicos d’um cérebro particular, egoísta e (aos místicos) escravagista.
Como responsabilizá-los? Religiosos, loucos e suas epilepsias, criminosos, suicidas e seus distúrbios bioquímicos.
Eles não passam de máquinas biológicas, obedecendo cega e involuntariamente as programações de seus circuitos orgânicos.
Eles sempre souberam, e deixam claro em seus: “Eu não tive escolha” – De fato eles nunca tiveram controle algum, de fato suas singularidades são repetições recodificadas de códigos genéticos, são heranças indesejadas, conversões a revelia, vontades a contra gosto e o sofrimento passou a ser inevitável desde que o egoísmo do cérebro criou a ilusão eterna na invencibilidade da alma.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário