Numa conversa com alguém com quem compartilho de afinidade genética, percebi o quanto estou perdendo de mim dentro de mim mesmo e o pior de tudo é que por mais que pareçam essas palavras não são lamentações.
Recentemente vi um breve “show” de mágica e como bom observador que sou, notei os movimentos que davam origem ao truque, logo a magia não afetou a mim como afetara os outro ao meu redor e foi quando percebi que é exatamente o que ocorre em minha atual experiência.
Estou percebendo as origens dos truques e eliminando toda a magia que outrora iludira meus olhos.
E na conversa foi esse o argumento que utilizei. Afinal, como olhar encantado para uma “magia” já conhecendo o truque? Posso admirar a habilidade do mágico em movimentar-se rapidamente, mas ainda assim, eu sei qual é o truque. E então, perguntei:
“_Estou perdendo alguma coisa com isso?”
Uma voz séria e que ao mesmo tempo demonstrava sentir certa lamentação por mim respondeu breve:
“_Muito.”
Não tenho o mesmo coração que ele, nem mesmo nossa semelhança genética fora capaz de me dar metade daquilo que ele é em emoções, que aos meus olhos são tolas, porém, ao ver todos os humanos lutarem para se perderem nas repetições em busca de um novo desfecho causa-me pequena sensação de falta.
Meu maior medo não é de estar errado sobre tudo aquilo que compreendo como verdade, mas temo pesarosamente o fato de poder estar com a razão...
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