“Humanos podres, tolos e miseráveis ao ponto de não compreenderem valor algum, são na realidade os causadores da miséria do mundo, não porque que o mundo assim o é, mas porque seus olhos estão cheios dela e nada mais enxergam, além daquilo que carregam com orgulho dentro de si.”
Abraçando a inocência que ainda há entre eles, para mantê-la calma em meio aos porcos, pude ouvir esses hominídeos grunhindo uns para os outros e, entre um grunhido e outro era possível identificar um: “Eu mato ele!” – num tom sem qualquer irreverência, mas carregado de um rancor homicida.
Intolerância, egoísmo e uma infinidade de outros “motivos” para a alimentação de suas feras internas, mas já nem tão ocultas.
Cegos para as árvores que desabrocham as mais belas flores, para o verde raro e quase incomum das grandes metrópoles, para o azul do céu e o brilho em processo de extinção do sol, eles se limitam a enxergar suas desprezíveis diferenças e eliminá-las com o poder que eles mesmos se deram.
O valor da vida já não exite mais para eles, uma morte mais, uma morte menos não lhes toma mais que meio minuto de reflexão em meio às drogas hedônicas, e isso, quase me faz derramar dos olhos desse corpo que tomo por empréstimo, a purificadora água com sal.
Já com os braços menos apertados entrono da inocência, olhei firmemente em seus olhos e lhe pedi: “Prometa-me que não fará parte disso e, que será mais tolerante e flexível quanto a esse autodestrutivo comportamento que esses humanos carregam. Prometa-me.”
Com o olhar de quem compreendera meus apelos, mas com um vocabulário ainda limitado para responder-me, a inocência simplesmente encostou a cabeça em meio peito no que se traduziu em um: “Eu Prometo!”
Acreditar? Não sei se um dia conseguirei.
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