Os símios brigam entre si, eles defendem a todo o custo sua “insanidade” – dita entre aspas, pois pretendo propor uma reflexão sobre tais feitos insanos como: acreditar ser capaz de captar o que o outro sente, ver pessoas que não vivem mais, prever ocorrências futuras, entre tantos outros.
São insanos, débeis que têm de ser aprisionados em sanatórios até retornarem para o mundo do real! Eis o diagnostico.
Mas o que é real?
Que cada qual faça a sua própria definição.
Não faz muito tempo que a mesma ciência que atesta ou não a sanidade desses símios, se viu e ainda se vê, sem resposta para uma mulher – Elizabeth – capaz de visualizar as cores e sentir os sabores de todos os sons.
Seria ela outra insana, que enxerga e sente coisas que na verdade não estão ali?
Estudiosos do cérebro humano reconhecem que na “realidade” – aspas para se pensar no que é real – não existem sons, sabores ou cheiros, há apenas ondas e moléculas diversas que passam por entre os órgãos dos sentidos e enviam tais ondas ao cérebro que se encarrega de traduzi-las.
Na maior parte das pessoas cada órgão envia as informações de forma individual, com Elizabeth o que ocorre é uma sinestesia, a ciência procura decifrar como isso ocorre para estender o fenômeno – que ocorreu de forma natural com Elizabeth – para todos.
Sentidos sendo interpretados numa conexão fabulosa, ela percebe o que sempre esteve ali, porém a maior parte dos cérebros não está apta para executar tal tarefa.
Alguns fenômenos de extra-sentidos têm chamado a atenção de cientistas, há muito que pesquisar nessa área uma vez que muitos supersticiosos interferem na pesquisa séria.
O cérebro dessa espécie se desenvolveu ao longo de muitos anos para supor o que o outro sente, ele pode então se desenvolver para de fato sentir o que o outro sente como alegam aqueles que se chamam de médiuns.
A Evolução é contínua, muito do que se sabe hoje era apenas imaginário, talvez muitos atos ditos “insanos” e ridicularizados por céticos pseudo-intelectuais sejam apenas o processo da seleção natural para o aperfeiçoamento da espécie homo sapiens.
Afinal, não há razões para pensar o contrário, uma vez que eles são apenas animais em evolução.
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