terça-feira, 18 de dezembro de 2012

[In]Felicidade


Eles se entregam a uma ideia vaga de satisfação plena, eles anseiam o desfecho dessa enrolada trama, crentes de um final feliz, mas todo o final é apenas um final:

“Os olhos deixarão de interpretar a luz, os ouvidos ignorarão os sons, o tato as texturas, o paladar os sabores, o olfato os odores e a mente silenciara-se num absoluto vazio, sem lembranças nem sonhos, só o silencio e a escuridão.”

Em vida eles precisam correr, e buscam pelas maiores futilidades quando o objetivo é simples: “Viver”. Eles estão cegos demais para enxergarem o valor que tem a vida, e então, valorizam todas as outras coisas.

Passam a vida tentando viver, bombardeados por um fetichismo agressivo, eles acreditam precisar do que não precisam, que precisam ser o que não são, e sua propensão a insatisfação se agita a cada frustração.

Eles querem ser felizes, sorrir o sorriso como lhes disseram, e eles partem nessa busca inútil, invejando sorrisos irreais, pois a vida só lhe será satisfatória quando olharem para o que são e o que possuem e com isso sentirem-se em paz.

Procurar pela felicidade é o que torna a maior parte dos humanos infeliz.

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