domingo, 19 de setembro de 2010

Rave Para Os Deuses

Tambores com ritmos variados, cantos repetitivos, brados fortes com palavras de ordem e muitos outros meios de “comunicação” com seus deuses, variando de cultura para cultura. Desde tempos remotos os humanos tentam compreender o motivo de estarem vivos e qual o propósito de sua existência. E em verdadeiros shows, os humanos procuram o contato com uma realidade oculta.

Os rituais religiosos compartilham da crença num ser superior, mas também compartilham de outras similaridades como: Cânticos repetitivos, orações em voz alta, sons dos mais diversos instrumentos de baixa frequencia, algumas se valem de líquidos rituais e iluminações particulares sem deixar de lado uma localização com boa acústica.

Tudo o que os humanos querem é um contato, seja com um deus ou com entes queridos que partiram.

Cada ritual com suas particularidades, até que o líder espiritual os induz a cantarem ao som de instrumentos rituais, alguns, mais modernos como as igrejas protestantes, trazem grupos com músicas religiosas. Não demora muito para que os fiéis se contagiem com a animação, isso ocorre também em shows de rock, o batimento cardíaco se afina ao ritmo do som e leva a platéia ao êxtase, no âmbito religioso o efeito é um transe espiritual.

A acústica, as batidas de baixa frequencia e as canções repetitivas, já foram comprovadas como indutoras dos transes religiosos, mesmo quando não há ingestão de líquidos alucinógenos e essa técnica é utilizada pelos humanos há mais de quatro mil anos.

O cérebro humano ao ser “atingido” por sons de baixa freqüência podem ser induzidos a um estado alterado de consciência o que os leva a alucinações tal como é feito na hipnose.

Nesses transes há “possessões”, “curas”, “vidência”, “falas em dialetos”, “projeções astrais” e muitos outros efeitos causados pelo estado alterado de consciência, que leva os humanos a acreditarem num mundo oculto dando a eles esperança de vida e sentido de existência.

Contudo, ainda me impressiono, não pelas consequencias de algo que não passa de efeito cerebral, mas com a sabedoria que esses símios exibem desde tempos remotos.

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