“Você está entendendo o que ele está falando?” - Foi a pergunta feita por um rapaz a uma moça que falava comigo, porém foi a resposta o que me surpreendeu: “Eu estou ouvindo o que ele está falando.” - Percebi o quão só eu falava.
Não foi a primeira vez que isso ocorrera comigo, porém está ficando mais frequente. Talvez, eu esteja perdendo o “tato” para lhe dar com as pessoas, afinal, faz mesmo muito tempo que não ouso exibir-me mais, talvez, por não enxergar a lógica desse ato.
Porque é que os humanos acham que devem invadir e se deixarem ser invadidos? O que isso lhes representa afinal? O resultado desse apego é em grande parte dos casos a desilusão, porém compreendo a necessidade de viver em grupo e até compartilho disso, mas não compreendo a exposição das fragilidades.
Será que vale a pena?
As pessoas parecem tão felizes com seus grupos e fazem projeções de um futuro, porém o caos e o acaso são imparciais e imprevisíveis não importa quantas teorias façam, e então, aquela felicidade torna-se dor que eles parecem não suportar ou então se tornam magoas com consequencias inimagináveis e por vezes terríveis e bárbaras.
Não percebi quando foi que aconteceu, mas compreendo meus sucessivos solilóquios, minha forma de contato é o trabalho, talvez, uma linguagem universal, mas ao falar não importa quantos me ouçam, sei que quase sempre falo sozinho.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Um Líder Para O Grupo
Todos os grupos precisam de um líder, mesmo os pequenos grupos. A maneira como esse líder é escolhido varia de acordo com a espécie de animal em questão, na maior parte das espécies a eleição para um líder é bem simples: O macho alfa lidera o grupo, seja pela força ou pela idade e até pela quantia de fêmeas que consegue atrair.
Durante muito tempo essa eleição se aplicava a espécie humana, porém a evolução lhes deu atributos diferenciados que lhes tornaram “os reis dos animais” e como tal, tornaram-se mais “civilizados”.
Hoje, um líder é eleito pelo carisma que exerce entre os eleitores, e em pesquisas realizadas recentemente, a beleza também influencia na hora dos votos, claro que aos mais atentos as propostas de governo voga mais. Porém tratando-se de humanos, nem tudo é tão civilizado, pode não haver combate corporal entre os candidatos a liderança, mas todas as armas são utilizadas.
Propagandas repletas de ataques pessoais e de comportamentos simplesmente primitivos. E o efeito? Candidatos a liderança, sem classificação alguma para tal cargo, talvez, uma forma de os humanos expressarem indignação com o sistema, porém esses candidatos ganham e o progresso tão esperado por esses “macacos” fica apenas em um lema esquecido.
Ao observá-los nessas condições, até me parece razoável a ideia de que o líder para os humanos deveria ser eleito como nos primórdios, o mais forte imporia suas vontades e, quando um jovem candidato resolvesse liderar, os dois entrariam num confronto até que apenas o digno de liderança sobrevivesse, afinal, ao que me parece eles são apenas animais sem ordem em busca do progresso.
Durante muito tempo essa eleição se aplicava a espécie humana, porém a evolução lhes deu atributos diferenciados que lhes tornaram “os reis dos animais” e como tal, tornaram-se mais “civilizados”.
Hoje, um líder é eleito pelo carisma que exerce entre os eleitores, e em pesquisas realizadas recentemente, a beleza também influencia na hora dos votos, claro que aos mais atentos as propostas de governo voga mais. Porém tratando-se de humanos, nem tudo é tão civilizado, pode não haver combate corporal entre os candidatos a liderança, mas todas as armas são utilizadas.
Propagandas repletas de ataques pessoais e de comportamentos simplesmente primitivos. E o efeito? Candidatos a liderança, sem classificação alguma para tal cargo, talvez, uma forma de os humanos expressarem indignação com o sistema, porém esses candidatos ganham e o progresso tão esperado por esses “macacos” fica apenas em um lema esquecido.
Ao observá-los nessas condições, até me parece razoável a ideia de que o líder para os humanos deveria ser eleito como nos primórdios, o mais forte imporia suas vontades e, quando um jovem candidato resolvesse liderar, os dois entrariam num confronto até que apenas o digno de liderança sobrevivesse, afinal, ao que me parece eles são apenas animais sem ordem em busca do progresso.
domingo, 19 de setembro de 2010
Rave Para Os Deuses
Tambores com ritmos variados, cantos repetitivos, brados fortes com palavras de ordem e muitos outros meios de “comunicação” com seus deuses, variando de cultura para cultura. Desde tempos remotos os humanos tentam compreender o motivo de estarem vivos e qual o propósito de sua existência. E em verdadeiros shows, os humanos procuram o contato com uma realidade oculta.
Os rituais religiosos compartilham da crença num ser superior, mas também compartilham de outras similaridades como: Cânticos repetitivos, orações em voz alta, sons dos mais diversos instrumentos de baixa frequencia, algumas se valem de líquidos rituais e iluminações particulares sem deixar de lado uma localização com boa acústica.
Tudo o que os humanos querem é um contato, seja com um deus ou com entes queridos que partiram.
Cada ritual com suas particularidades, até que o líder espiritual os induz a cantarem ao som de instrumentos rituais, alguns, mais modernos como as igrejas protestantes, trazem grupos com músicas religiosas. Não demora muito para que os fiéis se contagiem com a animação, isso ocorre também em shows de rock, o batimento cardíaco se afina ao ritmo do som e leva a platéia ao êxtase, no âmbito religioso o efeito é um transe espiritual.
A acústica, as batidas de baixa frequencia e as canções repetitivas, já foram comprovadas como indutoras dos transes religiosos, mesmo quando não há ingestão de líquidos alucinógenos e essa técnica é utilizada pelos humanos há mais de quatro mil anos.
O cérebro humano ao ser “atingido” por sons de baixa freqüência podem ser induzidos a um estado alterado de consciência o que os leva a alucinações tal como é feito na hipnose.
Nesses transes há “possessões”, “curas”, “vidência”, “falas em dialetos”, “projeções astrais” e muitos outros efeitos causados pelo estado alterado de consciência, que leva os humanos a acreditarem num mundo oculto dando a eles esperança de vida e sentido de existência.
Contudo, ainda me impressiono, não pelas consequencias de algo que não passa de efeito cerebral, mas com a sabedoria que esses símios exibem desde tempos remotos.
Os rituais religiosos compartilham da crença num ser superior, mas também compartilham de outras similaridades como: Cânticos repetitivos, orações em voz alta, sons dos mais diversos instrumentos de baixa frequencia, algumas se valem de líquidos rituais e iluminações particulares sem deixar de lado uma localização com boa acústica.
Tudo o que os humanos querem é um contato, seja com um deus ou com entes queridos que partiram.
Cada ritual com suas particularidades, até que o líder espiritual os induz a cantarem ao som de instrumentos rituais, alguns, mais modernos como as igrejas protestantes, trazem grupos com músicas religiosas. Não demora muito para que os fiéis se contagiem com a animação, isso ocorre também em shows de rock, o batimento cardíaco se afina ao ritmo do som e leva a platéia ao êxtase, no âmbito religioso o efeito é um transe espiritual.
A acústica, as batidas de baixa frequencia e as canções repetitivas, já foram comprovadas como indutoras dos transes religiosos, mesmo quando não há ingestão de líquidos alucinógenos e essa técnica é utilizada pelos humanos há mais de quatro mil anos.
O cérebro humano ao ser “atingido” por sons de baixa freqüência podem ser induzidos a um estado alterado de consciência o que os leva a alucinações tal como é feito na hipnose.
Nesses transes há “possessões”, “curas”, “vidência”, “falas em dialetos”, “projeções astrais” e muitos outros efeitos causados pelo estado alterado de consciência, que leva os humanos a acreditarem num mundo oculto dando a eles esperança de vida e sentido de existência.
Contudo, ainda me impressiono, não pelas consequencias de algo que não passa de efeito cerebral, mas com a sabedoria que esses símios exibem desde tempos remotos.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Tudo É SEXO
Entre quase todas as espécies de animais, o sexo já se mostrou muito além das intenções reprodutivas, entre os primatas, temos os bonobos que assim como os humanos têm uma sociedade complexa e hierárquica, esses utilizam o sexo para fortalecer vínculos sociais. As fêmeas dessa espécie, diferentemente da maioria, está receptiva ao sexo quase que o tempo todo e não apenas nos períodos férteis.
Com os humanos funciona de forma muito parecida. Entre os machos existem “disputas” acerca do sexo, pode ser observado em muitas culturas a ideia do sexo como uma “moeda” ou um “troféu” e quanto mais “troféus” forem conquistados maior a influência desse macho sobre os outros e também sua admiração. Essa atitude pode dar ao macho em questão status de “macho alfa” entre pequenos grupos.
As fêmeas exibem menos interesse pelo sexo casual, mas como já é sabido, a espécie humana não é uma espécie naturalmente monogâmica e, o que as torna mais resistentes é a biologia, que faz da fêmea mãe por meses enquanto o macho é pai apenas no ato sexual.
O sexo está presente em praticamente todos os atos humanos, as fêmeas se enfeitam, andam de forma provocativa, exibem mais partes do seu corpo e em períodos férteis isso é mais evidente. Os machos humanos não possuem plumagens coloridas para atrair as fêmeas, mas eles exibem seus bens e quinquilharias brilhantes como atrativos: Carros, casa, boa profissão entre outros.
A ideia de que as fêmeas humanas são interesseiras tem base evolutiva, afinal, elas procuram por machos que possam dar conforto e segurança para sua prole e por isso os bens são tão importantes para as fêmeas, já os machos não demonstram o mesmo interesse, mas conhecem o valor desses atributos.
O amor? Esse fica por conta da tradução pessoal de cada emoção liberada pelo cérebro humano proveniente do convívio, convívio que por sua vez é responsável pela seleção de parceiros sexuais.
A sexualidade está por trás de todos os gestos humanos, essa ideia pode ser antiga e observada mesmo pelos próprios humanos, mas esta muito longe de ser inadequada.
Com os humanos funciona de forma muito parecida. Entre os machos existem “disputas” acerca do sexo, pode ser observado em muitas culturas a ideia do sexo como uma “moeda” ou um “troféu” e quanto mais “troféus” forem conquistados maior a influência desse macho sobre os outros e também sua admiração. Essa atitude pode dar ao macho em questão status de “macho alfa” entre pequenos grupos.
As fêmeas exibem menos interesse pelo sexo casual, mas como já é sabido, a espécie humana não é uma espécie naturalmente monogâmica e, o que as torna mais resistentes é a biologia, que faz da fêmea mãe por meses enquanto o macho é pai apenas no ato sexual.
O sexo está presente em praticamente todos os atos humanos, as fêmeas se enfeitam, andam de forma provocativa, exibem mais partes do seu corpo e em períodos férteis isso é mais evidente. Os machos humanos não possuem plumagens coloridas para atrair as fêmeas, mas eles exibem seus bens e quinquilharias brilhantes como atrativos: Carros, casa, boa profissão entre outros.
A ideia de que as fêmeas humanas são interesseiras tem base evolutiva, afinal, elas procuram por machos que possam dar conforto e segurança para sua prole e por isso os bens são tão importantes para as fêmeas, já os machos não demonstram o mesmo interesse, mas conhecem o valor desses atributos.
O amor? Esse fica por conta da tradução pessoal de cada emoção liberada pelo cérebro humano proveniente do convívio, convívio que por sua vez é responsável pela seleção de parceiros sexuais.
A sexualidade está por trás de todos os gestos humanos, essa ideia pode ser antiga e observada mesmo pelos próprios humanos, mas esta muito longe de ser inadequada.
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