Eu realmente tentei, dei
o meu melhor, me permiti muito mais do que acreditava ser capaz, afinal, tudo
apontava para as vantagens de um bom convívio social, contudo, as desvantagens
me parecem mais tortuosas.
A beleza contida nas
relações amigáveis, oculta o peso de sustentar outras vidas, o peso de ter que
engolir o próprio ego em prol do bem-estar de um recém-conhecido.
Não suporto me desdobrar
para ter assuntos que não me interessam em nome de uma relação qualquer com
quem quer que seja, e a simples hipótese desse ato me incomoda profundamente.
Não tenho nada além
daquilo que sou ou daquilo que me tornei, e meu velho orgulho ainda não me
permite dar passos mais largos.
Talvez, o meu ainda
jovem corpo seja grande influente nessa decisão, afinal, os processos
bioquímicos desse cérebro relativamente novo ainda partem da premissa de
indestrutibilidade, quiçá os anos me moldem um algo “melhor”, mas até que isso
ocorra que sejam destruídos com a espada feita de orgulho e ego puro o jarro e
as rosas.